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ENCOURADO

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DIFICULDADE DE INTERPRETAÇÃO

Características

Noturnos

Reservados

Dualidade
Cautelosos

Desconfiados

Disciplinados
Hierarquia informal

Longevidade

Até 200 anos

Altura

170 a 190

Aparência

Olhos brilhantes vermelhos ou roxos
Esclera negra
Pele pálida e rachada
Dentes caninos afiados
Garras longas e curvas
Asas atrofiadas nas costas

Esguio e alongados

CONSTRUÇÃO DE PERSONAGEM

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Neutro ou Neutro Bom

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INTERPRETAÇÃO

 Um Encourado vive em dois estados. À primeira vista, assume a postura vigilante de alguém moldado pela noite e pela necessidade. Movimentos calculados, voz baixa e controle absoluto do próprio corpo fazem parte de sua presença. Observa mais do que fala, mede distâncias, pesa intenções e raramente se expõe. Esse primeiro aspecto é o da contenção, da sobrevivência e do silêncio atento.

 Mas existe o outro lado. Quando sente segurança, convite ou interesse, o Encourado se torna intensamente instigante. Seu olhar se demora, a proximidade se torna intencional, e a presença passa a provocar curiosidade. Não "seduz" com palavras exageradas, mas com atenção exclusiva, gestos lentos e uma calma predatória que atrai. É uma criatura que sabe que sua existência causa impacto, e aprende a usar isso como ferramenta social.

 No RP, um Encourado pode alternar entre esses dois aspectos conforme a situação. Pode buscar abrigo, alimento ou informação com discrição absoluta, evitando sol e ouro a todo custo, ou se aproximar de alguém de forma calculada, criando vínculos baseados em proteção, troca ou desejo. Podem se envolver na defesa de territórios, rotas noturnas ou pessoas que oferecem convite e segurança, assumindo um papel quase guardião.

Socialmente, não são hostis, mas provocam. O respeito os torna corretos e controlados; a ameaça desperta o predador. Sua dualidade é visível no contraste entre o silêncio atento e a presença marcante. Um Encourado nunca é apenas invisível ou apenas chamativo, ele escolhe quando ser cada um.

 Durante eclipses ou períodos de forte influência lunar, essa divisão se rompe. A contenção enfraquece, o instinto sobe à superfície e a atração se mistura com perigo. A vigilância se torna obsessiva, a fome mais intensa e as interações ganham tensão, desejo e risco. Esses momentos são ideais para explorar conflitos internos, cenas carregadas de ambiguidade e escolhas que revelam qual dos dois aspectos fala mais alto quando o controle começa a falhar.

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CONHECENDO A RAÇA

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 Não existe criatura cuja presença cause tanto desconforto instintivo quanto a de um Encourado. Onde caminham, o ar parece mudar de temperatura, como se a noite se adiantasse alguns passos para acolhê-los. São altos, magros e inquietos, com peles pálidas e ressecadas que lembram couro exposto ao tempo. Seus olhos, vermelhos ou roxos com a esclera escurecida, mantêm um brilho constante de vigília, atentos a qualquer movimento ao redor. Nas costas, carregam pequenas asas atrofiadas, de ossatura fina e membranas rígidas, mais próximas de uma deformação simbólica do que de um membro funcional. Elas jamais os erguem do chão; existem como um vestígio antinatural, consequência direta da intervenção dos astros. Quando o sol toca sua pele, fissuras incandescentes se abrem lentamente, liberando fumaça quente, como se a carne queimasse de dentro para fora.

 A origem dos Encourados remonta a um evento proibido na história de Tarvallon. Eram humanos piratas, que desafiaram deliberadamente Aruan, o Sol. Durante o saque a um antigo templo solar na Ilha Isoldi, profanaram símbolos sagrados, inverteram ícones solares e zombaram da luz em seu auge, acreditando que nada no céu poderia alcançá-los. Tal afronta rompeu o equilíbrio entre Aruan e Luman. A punição não veio como morte, mas como transformação, condenando-os a carregar o erro para além de uma única vida. Aruan retirou deles o direito à luz, condenando-os à noite eterna. Luman, por sua vez, recusou-se a permitir que simplesmente perecessem, mantendo-os presos em um limiar cruel: nem plenamente humanos, nem verdadeiras criaturas da noite. Foi nesse estado intermediário que seus corpos se deformaram. As asas surgiram como consequência desse conflito celestial, não como herança animal, mas como adaptação incompleta. São alérgicos ao ouro, causando extremo incômodo e até queimaduras, pois a riqueza que tanto cobiçaram em vida tornou-se o símbolo físico de sua queda, um lembrete constante de quem foram e do erro que cometeram.

 

 A maldição também os aproximou, simbolicamente, das criaturas noturnas. Assim como os morcegos, foram expulsos da luz, forçados a viver entre sombras, refúgios elevados, cavernas, ruínas e passagens altas. Seus sentidos se adaptaram à escuridão, seus movimentos tornaram-se silenciosos e verticais, e sua existência passou a depender da noite. Contudo, diferentemente dos morcegos, jamais receberam a liberdade do voo. As asas atrofiadas existem para lembrar que tentaram alcançar o céu sem reverência e foram punidos por isso. Não são um dom, mas uma cicatriz visível da soberba humana.

 

 A própria subsistência dos Encourados foi distorcida. Embora ainda sintam fome e sede como qualquer ser vivo, nenhum alimento comum é capaz de sustentá-los plenamente. Apenas o sangue quente de outras criaturas mantém seu corpo estável e sua mente sob controle. Alimentar-se não é prazer, mas necessidade vital. Sem sangue, o cansaço se acumula, a vigilância falha e o instinto predatório começa a se impor. Comer ou beber serve apenas para aliviar sensações físicas momentâneas; o sangue é o que realmente os mantém existindo.

 

 A dualidade dos Encourados se manifesta no contraste entre contenção e provocação. Por instinto e necessidade, aprendem a existir no silêncio, na vigilância e no controle absoluto, ocultando presença e emoções para sobreviver. Contudo, quando a situação permite, diante de convite, segurança ou interesse, revelam um segundo aspecto igualmente verdadeiro: tornam-se intensamente instigantes, conscientes do impacto que causam. Essa atração não nasce de exagero ou exibicionismo, mas da atenção focada, da proximidade calculada e da calma predatória que desperta curiosidade e desejo. O Encourado não abandona a vigilância quando se aproxima; ele a transforma em ferramenta social. Assim, nunca é apenas sombra nem apenas presença marcante, escolhe, com precisão, quando desaparecer e quando ser impossível de ignorar.

 

 Entre si, os Encourados mantêm uma hierarquia silenciosa e informal. Os mais antigos, aqueles que sobreviveram por gerações sob a maldição, são respeitados quase como autoridades naturais. Suas palavras raramente são questionadas, não por força explícita, mas pela experiência que carregam. Eles aprenderam a existir na noite, a controlar a fome, a negociar com o medo e com os astros. Um Encourado jovem pode discordar, mas dificilmente desafia abertamente um ancião, pois sabe que cada década vivida sob a luz negada cobra um preço, e ensina verdades que o tempo comum jamais revela.

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 Durante os eclipses, os Encourados entram em um estado de desregulação profunda causado pelo vício da Espíria. O autocontrole que normalmente define sua existência se rompe, e a disciplina cede lugar a impulsos intensificados. A fome por sangue torna-se urgente e difícil de conter, fazendo com que a presença de criaturas vivas seja sentida quase como um chamado físico. Seus olhos brilham com intensidade anormal, e a proximidade se torna mais invasiva, carregada de tensão e perigo.

 

 Nesse estado, tornam-se mais provocativos, territorialistas e reativos. Gestos antes calculados passam a ser mais lentos e intencionais, como se cada movimento fosse uma ameaça velada. A atração que exercem se mistura com agressividade, e interações sociais ganham um tom desconfortável, instável e imprevisível. O ouro, que normalmente já lhes causa dor, passa a provocar reações extremas, com espasmos, colapsos e acessos de fúria ao simples contato ou proximidade.

 

 A aversão ao sol se intensifica ainda mais, mesmo sua luz indireta se torna insuportável, provocando rachaduras visíveis na pele e perda momentânea de controle físico. Muitos Encourados evitam completamente áreas abertas durante eclipses, refugiando-se em túneis, ruínas ou ambientes fechados, onde a pressão lunar parece menos esmagadora.

 

 Quando o eclipse termina. O autocontrole retorna, mas deixa marcas profundas. O corpo permanece enfraquecido, a mente exausta e a memória desses momentos costuma ser fragmentada, carregada de vergonha ou medo do que poderia ter sido feito. 

VÍCIOS DA ESPÍRIA

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 Os Encourados raramente usam nomes verdadeiros entre si; preferem títulos, marcas ou apelidos concedidos pelos mais velhos, cuja palavra é respeitada quase como lei, mesmo sem uma hierarquia formal.

 

 Quando tentam atravessar uma residência privada, a energia do astros se torna pesada e dolorosa, fazendo com que eles sintam uma sensação de paralisação e desconforto extremo, permanecer muito tempo, causa a morte.

CURIOSIDADES

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HABILIDADES ESPECIAIS

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Visão Noturna

 Os Encourados possuem uma visão noturna aguçada, moldada pela necessidade constante de sobreviver na escuridão. Seus olhos adaptam-se rapidamente à ausência de luz, permitindo distinguir silhuetas, profundidade e movimentos com extrema precisão. Embora não vejam a noite como os Penumbros, são capazes de se orientar, caçar e se deslocar com segurança onde a maioria ficaria cega. 

Superpulo

 Possuem uma força concentrada nas pernas, resultado de corpos adaptados à fuga, à caça e ao deslocamento rápido em ambientes verticais. São capazes de realizar saltos longos e precisos, alcançando telhados, muralhas, galhos altos ou desníveis que seriam impossíveis para um humano comum. A queda torna mais suave também, quase não se machucando em grandes alturas como abismos ou grandes construções

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Feast

 Ao consumir os restos mortais de uma criatura recentemente morta, o Encourado consegue recuperar vitalidade, fechando feridas e ganhando um impulso vital. É uma prática mal vista pela sociedade, preferem fazer a encolha.

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Identificação Sanguínea

 Possuem a capacidade de reconhecer a origem de um sangue apenas pelo gosto. Cada raça deixa uma assinatura própria que para eles são tão distintas quanto aromas, conseguem identificar de qual raça o sangue provém e há quanto tempo foi derramado.

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PONTOS FORTES

 

Visão Noturna Aprimorada
Enxergam com clareza em ambientes de pouca ou nenhuma luz, permitindo vigilância, deslocamento e ações precisas durante a noite.

Super-Pulo e Mobilidade Vertical
Saltos longos e controlados possibilitam acesso a telhados, muralhas e rotas alternativas, facilitando fugas, emboscadas e patrulhas noturnas.

Disciplina Instintiva
Aprenderam a controlar impulsos, emoções e a própria fome, tornando-se cautelosos, estratégicos e difíceis de provocar sem motivo.

Presença Instigante
Quando desejam, sabem usar atenção, proximidade e silêncio como ferramentas sociais, criando impacto, curiosidade e influência sem necessidade de força.

Resistência à Vida Noturna
Adaptados a longos períodos de vigília, funcionam bem sem descanso convencional, mantendo foco e prontidão por várias noites seguidas.

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PONTOS NEGATIVOS

 

Vulnerabilidade ao Sol
A exposição direta à luz solar causa dor intensa, ferimentos e enfraquecimento rápido, limitando severamente suas ações durante o dia.

Alergia ao Ouro
O contato com ouro provoca queimaduras, dor extrema e degradação física, sendo usado como repelente ou arma contra eles.

Restrição a Espaços Privados
Não conseguem entrar em casas ou locais privados sem convite, sofrendo forte reação astrais ao tentar atravessar esses limiares.

Fome Constante
Precisam de sangue quente para manter estabilidade física e mental; a privação intensifica instintos predatórios e reduz o autocontrole.

 

Influência Lunar e Eclipses
Durante os eclipses, controle enfraquece, a vigilância se torna obsessiva e decisões racionais podem ceder ao instinto, causado pelo vício da espíria.

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ATTACHS E CRIAÇÃO NO TOT

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ASPECTOS E CULTURA

 

Respeito aos mais velhos
A hierarquia entre eles é discreta. Quando um ancião fala, os mais jovens escutam sem interrupções, pois acreditam que sobreviver muitos ciclos lunares significa muito.

Cultura do convite
O ato de convidar ou ser convidado tem peso simbólico enorme. Um convite não é apenas permissão de entrada, mas um gesto de confiança profunda. 

Relação com o ouro
O ouro não é apenas dor física, mas vergonha cultural. É tratado como símbolo de arrogância e ruína. Evitam tocar, olhar ou negociar com ele, e histórias sobre o pirata amaldiçoado são contadas como advertência moral, não como lenda gloriosa.

Linguagem do corpo e gestos
A comunicação raramente depende apenas de palavras. Desenvolveram o costume de criar poses, gestos e códigos discretos compartilhados apenas entre os seus, usados para transmitir informações, avisos ou intenções sem chamar atenção. 

Alimentação

Eles se alimentam de sangue por necessidade de controle e estabilidade, mas ainda sentem fome e sede comuns, o sangue é o que realmente mantém seu corpo e mente funcionando em equilíbrio.

Predação e caça
A caça, é tratada como disciplina, não como prazer. Aprendem desde cedo a observar rotas, hábitos e pontos de vulnerabilidade antes de agir, preferindo emboscadas limpas e rápidas

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©2025 Tarvallon Roleplay

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